sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Vida Efêmera

Sabe... Às vezes vem uma vontade de manter atualizado este blog, mas a correria do dia a dia, o cansaço, a falta de coragem, sobre tudo a preguiça intelectual que ultimamente reina suprema.
Mas, no fundo gosto de escrever, pelo menos aqui falo do que quero sem dar explicações a ninguém – pelo menos na hora que escrevo – porem, poderão aparecer os controladores sociais, os politicamente corretos, os santos e os profanos com seus discursos pré-moldados arrazoando audazmente suas verdades axiomáticas, e como diz a letra da música de Fagner: “E eu ainda sou bem moço pra tanta tristeza ...E deixemos de coisa, cuidemos da vida pois se não chega a morte ou coisa parecida e nos arrasta moço sem ter visto a vida”.
A vida é bela, porem a todo o momento somos colocados a prova pelas perspicácias e caprichos do destino, e para ‘piormelhorar’ é geralmente nosso próprio destino, ou seja, aquele que moldamos com destreza ponto a ponto, mais também tem aqueles que laminamos a machado, contornado a marreta, forjado a ferro e fogo, e quando vemos nosso destino moldado com tanto “desvelo”, sentamos em um meio fio qualquer e lamuriamos a sorte quentinha do forno.
A vida é muito curiosa! Porem, geralmente não paramos para refletir conscientemente a respeito, e consequentemente perdemos muitas fases deste prisma pelas faces da vida. Vivendo assim uma vida virtual, esteada nas aparências outrora forjadas em quaisquer sombras de vontades reais.
Desrespeitamos nossos semelhantes sob pretexto qualquer, disfarçado de estarmos de bem conosco mesmo, somos egoístas altruístas, defendendo nossos ideais a qualquer preço, a preço baixo e vil de jogarmos sonhos alheios nas sarjetas, alardeando boas ações, daqueles tipos que libertam os aprisionados de um navio no meio do oceano, lançando-os em alto mar. E aqui mesmo poderíamos inverter os valores e discutir: como lançar ao mar se estavam no meio do oceano? Esquecendo assim do afogamento.
Viver a custa de nossos semelhantes, fazendo rolo com a boa intenção do próximo, afrontando e insultando aqueles que agiram com boa fé em nosso auxilio é uma das piores experiências da vida. Mas, como toda história é composta de um prisma, alguém pode não concordar que é uma experiência ruim, pois ela é boa para quem se deu bem, para aquele que vive feliz sorridente, fingindo que nada acontece, que nada aconteceu.
Mesmo que não acreditamos em um ser transcendental, acabamos por forjar nosso futuro, e quando as coisas começam a dar erradas, dobramos nossos joelhos, fazemos promessas, questionamos tudo e o nada, arrazoamos nossa falta de sorte.
Mas acredite amigo, alguém (D´us para poucos) ou alguma coisa (destino para muitos) mandará o pago a cada um de nos. Daí contornar as dificuldades será difícil, pois geralmente o perdão estará atrelado à correção de nosso vacilo. Mas, já esquecemos o que fizemos, o que devemos, que magoamos, que quebramos nossas promessas e compromissos, que deixamos nosso próximo margeado a sarjeta.

Bem vindo à efêmera vida, que por sinal tu procuraste fazê-la amarga aquele que lhe confiou... (reticências para continuidade eterna de possibilidades).

Texto e Foto: Gimerson Ferreira