Sabe... Às
vezes vem uma vontade de manter atualizado este blog, mas a correria do dia a
dia, o cansaço, a falta de coragem, sobre tudo a preguiça intelectual que ultimamente
reina suprema.
Mas, no fundo
gosto de escrever, pelo menos aqui falo do que quero sem dar explicações a ninguém
– pelo menos na hora que escrevo – porem, poderão aparecer os controladores
sociais, os politicamente corretos, os santos e os profanos com seus discursos pré-moldados
arrazoando audazmente suas verdades axiomáticas, e como diz a letra da música
de Fagner: “E eu ainda sou bem moço pra tanta tristeza ...E deixemos
de coisa, cuidemos da vida pois se não chega a morte ou coisa
parecida e nos arrasta moço sem ter visto a vida”.
A vida é bela,
porem a todo o momento somos colocados a prova pelas perspicácias e caprichos
do destino, e para ‘piormelhorar’ é geralmente nosso próprio destino, ou seja,
aquele que moldamos com destreza ponto a ponto, mais também tem aqueles que laminamos
a machado, contornado a marreta, forjado a ferro e fogo, e quando vemos nosso destino
moldado com tanto “desvelo”, sentamos em um meio fio qualquer e lamuriamos a sorte
quentinha do forno.
A vida é muito
curiosa! Porem, geralmente não paramos para refletir conscientemente a
respeito, e consequentemente perdemos muitas fases deste prisma pelas faces da
vida. Vivendo assim uma vida virtual, esteada nas aparências outrora forjadas
em quaisquer sombras de vontades reais.
Desrespeitamos
nossos semelhantes sob pretexto qualquer, disfarçado de estarmos de bem conosco
mesmo, somos egoístas altruístas, defendendo nossos ideais a qualquer preço, a
preço baixo e vil de jogarmos sonhos alheios nas sarjetas, alardeando boas ações,
daqueles tipos que libertam os aprisionados de um navio no meio do oceano,
lançando-os em alto mar. E aqui mesmo poderíamos inverter os valores e
discutir: como lançar ao mar se estavam no meio do oceano? Esquecendo assim do
afogamento.
Viver a custa
de nossos semelhantes, fazendo rolo com a boa intenção do próximo, afrontando e
insultando aqueles que agiram com boa fé em nosso auxilio é uma das piores experiências
da vida. Mas, como toda história é composta de um prisma, alguém pode não
concordar que é uma experiência ruim, pois ela é boa para quem se deu bem, para
aquele que vive feliz sorridente, fingindo que nada acontece, que nada
aconteceu.
Mesmo que não
acreditamos em um ser transcendental, acabamos por forjar nosso futuro, e
quando as coisas começam a dar erradas, dobramos nossos joelhos, fazemos
promessas, questionamos tudo e o nada, arrazoamos nossa falta de sorte.
Mas acredite
amigo, alguém (D´us para poucos) ou alguma coisa (destino para muitos) mandará
o pago a cada um de nos. Daí contornar as dificuldades será difícil, pois
geralmente o perdão estará atrelado à correção de nosso vacilo. Mas, já
esquecemos o que fizemos, o que devemos, que magoamos, que quebramos nossas
promessas e compromissos, que deixamos nosso próximo margeado a sarjeta.
Bem vindo à efêmera
vida, que por sinal tu procuraste fazê-la amarga aquele que lhe confiou... (reticências
para continuidade eterna de possibilidades).
Texto e Foto: Gimerson Ferreira
2 comentários:
Prezado amigo. Há muito que não lia palavras tão concisas e profundas. Como navegar um oceano eterno. Fiquei deverás radiante de tamanha expressão de sutilezas que faria inveja em Aristóteles e Platão. E, você como meu amigo sabes que sou sincero. Divagava-me na busca para inspiração para planejar uma aula de Filosofia sobre a ética em Aristóteles e me deparo com suas palavras, sempre tão inspiradas e eis que contemplo no horizonte as luzes de que precisava para provocar meus alunos na segunda-feira. Abraços.
Olá ! Homem abençoado.
Gosto muito de ler...
e seu texto nos faz refletir
no dia adia, correria...
mas a nossa vida é bem assim...
te seguindo. e espero que me aprove
desejo voltar, gosto muito de ler.
abraços.
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