Quantas
felicitações – muitas sinceras, outras nem tantas e outras nem vem ao caso,
vieram à tona nesta virada de ano.
Porem
o que esperar para 2018? Saúde? Amor? Prosperidade?...
É
comum na virada do ano ou em determinadas ocasiões de reflexão, criarmos resoluções
– muitas delas intransponíveis – mas será que já tentamos transpô-las? Ou
apenas cauterizamos em nossa mente que determinadas situações são impenetráveis
e que a sentença já foi dada e galgarmos o ápice do pretendido é uma quimera!
Neste
instante comungo com aqueles que porventura venham a ler estas linhas um pouco
do que sinto em relação ao Setor Público e o que vislumbro como possíveis
saídas deste marasmo pelo prisma das possibilidades.
O
comodismo, oportunismo, providencialismo e outros ismos aglutinados neste
contexto são quem não raras vezes vem ditando as “regras” do modernismo caótico
incrustado no Setor Público.
Muitos
já “desistiram” de lutar por melhoras dentro do Setor Público, e quando
menciono Melhoras, não faço relação direta salarial, mas melhoras nas
engrenagens que movem a Maquina Pública. O Salário digno é consequência do
labor. E isso é quase religioso: “Digno é o obreiro de seu salário – Lucas
10:07”, até porque o labor público a priori não é feito por voluntários.
Não sei
se escolhi o Setor Público ou se ele me escolheu - independente de quem escolheu quem, temo que esta união não será eterna devido a fatores "intransponíveis" (pareceu meio contraditório, porem não o é) - sei dizer que tenho amor no
que faço e no que procuro fazer, porem avançar dentro da burocracia pública é angustiante,
e mesmo que tenhas destreza de um malabarista, desviar do marasmo público é
desanimador.
Porem
como resoluções de um novo momento devemos arguidos pela conduta moral e ética,
amparados por princípios basilares da legalidade, de cabeças erguidas romper
com as falácias impregnadas no setor público de que “manda quem pode obedece
quem tem juízo”. A bola da vez, defendida por vários doutrinadores é: “manda
quem detêm conhecimento”. O verbo da vez é conhecer, pois somente com o
conhecimento tu poderás dizer SIM e/ou NÃO aqueles que teimam em mandar
esperando vossa subalterna obediência em atendimento aquele velho jargão
obsoleto.
Chega
de enquanto Profissional Contábil com carreira devidamente regulamentada, viver
a sombra de ordens fajutas; chega de ouvir “ordens técnicas” de quem não é
técnico. Chega de ter medo de Controladores Externos, Chega de ter medo de
Controladores Internos, quem são estes? Chega de ver os APLICativos como regra maior.
Eis ai uma lei “novinha” em folha – 4.320/64 – é só obedecer ela. (somente os
fortes entenderão este parágrafo).
Uma contabilidade
não pode ficar refém de interesses, a contabilidade não existe para maquiar
situações, a contabilidade tem que ser tão pura e simplesmente contabilidade. E
quem faz a contabilidade deve ser aqueles que frequentaram a academia
universitária e que em obediência a carta Magna adentraram ao setor público
através de concurso público.
Ledo
engano é o acreditar que Contabilidade está tão somente restrita ao “Setor
Contábil” de uma determinada entidade, enquanto ela encontra-se espalhada com mais ou menos ênfase em todas
as instâncias da Administração Pública. Porem ressalta-se que existem
prerrogativas que são inerentes ao Profissional Contábil devidamente
regulamentado. Desculpe-me, mas terei que dizer, nem todos (por mais que alguém
empiricamente saiba mais do que os habilitados com CRC e devidamente Concursado)
podem ser operador contábil.
Que
em 2018 possamos dar um passo, e outro passo, e mais passos para ajudar naquilo
que compete a cada ser enquanto cidadão, em cada ser enquanto servidor público,
e buscar melhorar dia após dia a vida dos munícipes, a vida daqueles que
dependem do serviço dos servidores públicos. Que esta seja minha missão. Que
essa seja nossa missão, entre outras, que essa seja nossa resolução.
Feliz
2018! Contabilidade Obsoleta e engessada nunca mais.
Texto: Gimerson Ferreira
Foto: Internet - https://www.youtube.com/watch?v=-0Fy4PJYaAw
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